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Água seixos fluxo
Frincha fresta desvão
Arrulhos de rio, arpejos
Serpente que se quebra em arroios
E se alarga e remanseia
E outra vez se estreita e flui
Para ser virgem de novo.
O agora passou, o aqui está lá
E segue minha alma tão mínima
Lamparina levada nas ondas.
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Habitam em mim dois irmãos inimigos:
Um é o que flui e o que frui
E se adianta à corredeira
O outro é o que detém e retém
E se acama nos baixios.
Mercúrio e Sal são seus nomes.
Se exaltasse um e descartasse outro
Não seria então incompleto?
No Enxofre a alma sábia os integra
E nutre sua chama vida após vida.
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Aprende com isto pensamento rebelde!
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