O elogio do Om

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“Como as folhas são mantidas juntas por um espinho, assim toda a fala é unida pelo Om. De fato, o Om é o mundo todo” (Chandogya Upanishad)

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“Om é Brahman” (Taittiriya Upanishad)

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“A palavra que todos os Vedas recitam e que todas as austeridades proclamam (…) essa palavra declaro a ti brevemente: é o Om! Essa sílaba, realmente, é Brahman! Essa sílaba, de fato, é o Supremo! Quem a conhece de verdade terá tudo o que deseja. Ela é o seu melhor apoio. Ela é o supremo apoio” (Katha Upanishad)

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“A mística sílaba Om é o arco. O Atman é a seta. Brahman é o alvo. Pela pessoa que não se distrai, ele é penetrado. Deve-se estar nele, como a seta no alvo” (Mundaka Upanishad)

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“Om é tanto o mais alto quanto o mais baixo Brahman. Assim, com esse suporte, o conhecedor alcança um e o outro” (Prashna Upanishad)

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“O passado, o presente e o futuro: todos são apenas a sílaba Om. E tudo o que transcende o tempo tríplice também é. Pois, verdadeiramente, tudo é Brahman. Este Atman é Brahman. E este mesmo Atman tem também quatro quartos (…) O estado desperto é a letra A (…) O estado de sonho é a letra U (…) O estado de sono profundo é a letra M (…) O quarto é o estado sem elemento (…) Assim, Om é o Atman” (Mandukya Upanishad)

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“Verdadeiramente, há dois Brahmans sobre os quais meditar: O Brahman Sonoro (Shabda Brahman) e o Brahman Silencioso (Ashabda Brahman). O Não-Som é alcançado apenas pelo Som. Shabda-Brahman é Om. Ascendendo por meio dele, chega-se finalmente ao Ashabda Brahman. Isso é Imortalidade (…) Como a aranha, subindo por sua teia, alcança o espaço livre, assim, seguramente, o meditador, ascendendo por meio do Om, obtém a independência (…) Indo além do diversamente caracterizado Shabda-Brahman, o homem imerge no Supremo, no Ashabda, no Imanifesto Brahman (…) Quem conhece o Brahman Sonoro vai ao Mais Alto” (Maitri Upanishad)

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Nota

Estas citações foram extraídas do livro Sonic Theology, do capítulo em que o autor, Guy Beck, analisa a evolução do conceito do Om durante o período das Upanishads.

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