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Para Mi, porque lemos juntos o conto “Preciosidade”
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“Todo o mundo é um movimento do Espirito nele mesmo (…)
Cada objeto separado no universo é, de fato, o universo inteiro (…)”
(Sri Aurobindo, comentário à Isha Upanishad)
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Qualquer coisa é um hieróglifo, um mantram, um círculo,
A perfeição da redondeza,
A realidade indivisa, o Unus Mundus, o númeno.
Qualquer coisa é todas as coisas, um conto de Clarice, um ah,
A perfeita surpresa,
A rã que mergulha n’água, o Shemá, a Basmallah.
Qualquer coisa é um avistamento de baleia,
Em que algo, que é baleia, sobe acima da linha d’água,
Enquanto o mais, que é baleia, permanece invisível.
Qualquer coisa é tanta coisa e coisa nenhuma,
Pois o que é a coisa, senão a irrupção do Incognoscível?
Então, há que assumir diante da coisa um compromisso inegociável,
Porque qualquer coisa não é uma coisa qualquer.
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