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Circunspecta, chegaste à duna,
contra a areia branca tua figura recortada,
teus panos, teus corpos ondulados pelo vento,
testemunha de minha vida, meu momento:
quem fará a conta de tuas trilhas, tuas tramas?
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Em pêntades de versos retenho tua presença.
Como escriba egípcio que recolhe no papiro
recortes de tempo e os dá à eternidade,
recolho traços de teus passos sobre a areia:
quem decifrará teu místico hieroglifo?
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Recolheste meus sentimentos, errantes como o vento,
e os ataste em um colar com o fio do teu amor.
Frente às ondas nos dissemos “para sempre”,
enquanto o oceano, discurso sem descanso,
dispunha as contas de uma história incontável.
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