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“Vem, meu amado, vamos ao campo, pernoitemos sob os cedros, madruguemos pelas vinhas, vejamos se a vinha floresce, se os botões estão se abrindo, se as romeiras vão florindo: lá te darei meu amor…” (Cântico dos Cânticos)
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Tua mão tocou, de leve,
Os longos fios dos meus cabelos,
E teceu, habilidosa,
Não sei que tapetes persas.
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Teus lábios chegaram, silentes,
Ao silêncio dos meus lábios,
E sua carícia era a do vento
Embalando as palmeiras.
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Em um céu de constelações,
Achei o brilho dos teus olhos.
E eram dois diamantes lançados
Entre as dunas do deserto.
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Morna noite de jasmins
Foi a doçura do teu hálito.
E o galo, invejoso, cantava,
Anunciando a madrugada.
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