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“Soy la nadadora sagrada, porque puedo nadar en lo grandioso” [Maria Sabina, 1894 — 1985]
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Trim sílaba mântrica semente
Que guarda na carne a ígnea Tara
Guardiã das armas dos deuses
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E todo o seu arsenal
Trishula tridente de Shiva
Vetor totipotente
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Três canais caminhos colunas
Ida Píngala Sushumna
E a mística serpente ascendente
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Eixo empuxo amplexo
Que enfeixa o que é desconexo
Devolve ao simples o complexo
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E lhe dá direção e sentido
Asas ao voo do pássaro
Oceanos ao peixe que escapa
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Da rede da roda do enredo
Arunachala de fogo e de pedra
Cristal sem mancha sem jaça
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Chama chamado xamã
Cachimbo sagrado fumaça
Que sobe além da cabeça
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O humano sua sina seu télos
Livro branco de Maria Sabina
A sábia dos cogumelos
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Imagem no alto: “Tridents brought as offerings to Guna Devi” (detalhe). Foto de Dave Kleinschmidt. Fonte: Wikimedia Commons.
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